Hei,
você!
Para
de ficar rezando, batendo no peito e repetindo frases alheias decoradas. Para
de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios, que alguém por aí construiu
e vem dizendo que é minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos
rios, nos lagos, nas praias e por aí, por esse Universo afora.
Para
de me culpar por essa sua vida miserável! Eu nunca te disse que você é ruim, ou
que é um pecador, nem que sua sexualidade é algo sujo e pecaminoso.
Para
de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Eu não
escrevi e nem pedi que escrevessem isso. E você não me encontrará em nenhum
livro!
Confia
em mim e para de me pedir misericórdia e privilégios exclusivos. Você não é melhor que seu irmão que você critica, portanto, não queira me ensinar como fazer meu trabalho em relação a vocês. E para
de ter medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem
te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.
Para
de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Fui eu quem te fiz assim, cheio de paixões,
de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências. Não é culpa sua! Como eu poderia te castigar por você
ser como é, se fui Eu mesmo quem te fez?
Fala
sério! Você acredita mesmo que eu poderia criar um lugar para queimar, pelo
resto da eternidade, todos meus filhos que fizeram isso ou que deixaram de
fazer aquilo? Eu te dei o livre arbítrio pra você mesmo fazer uso. E eu sou Deus, sou Pai! Que tipo de pai poderia fazer isso?
Deixe de bobagens!
Esquece
qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei sagrada! São tudo artimanhas inventadas para te manipular e para te controlar, que só geram culpa em você.
Para
de simular fé e de dizer que crê em mim. Crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não
quero ser uma crença para ninguém. Eu sou de verdade! Basta olhar em volta e me verá e podes me sentir quando beijar sua amada, quando agasalhar sua filhinha, quando abraçar seu
filho, quando acariciar seu cachorro, quando tomar banho no mar e quando contemplar o firmamento.
Para
de me louvar! Que tipo de Deus ególatra e vaidoso você pensa que eu sou? Não me louve e
não me agradeça. Se pensa que com isso, afagas meu ego e me cativa, se engana!
Eu sou maior que você e sua bajulação me aborrece!
Para
de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim,
pois te ensinaram tudo errado. A única certeza que te deixei é que você está aqui, que está
vivo, e que Eu deixei este mundo e o Universo inteiro cheios de maravilhas para que você
ame e contemple.
Então, para que você ainda quer mais milagres? O pouco que lhe falta, eu lhe deixei os recursos para você mesmo conquistar. Por que quer tantas explicações sobre mim, se ainda nem conheceu seu semelhante? E para que viver a vida toda me
buscando por aí, através de quem te engana em meu nome, se eu estou justamente
dentro de você?
(Do pensamento de Baruch Espinoza, filósofo, cientista, teólogo e sociólogo holandês (1632/1677)
** Malcyn Dukya é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Informática, ex Coordenador Geral de Modernização e Tecnologia nos Ministérios da Justiça e do Trabalho e Emprego, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia, Músico Amador, Meio-Maratonista, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, M∴M∴
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