Se a pessoa tem criatividade e habilidades para pintar quadros, dançar, fazer malabarismo ou trapézio, escrever poesias e contos, criar uma escultura ou um jardim bonito, tocar um instrumento, cantar, representar um personagem ou um palhaço, desenhar casas interessantes, personagens divertidos e revistas em quadrinhos, contar piadas, confeccionar criativas peças gastronômicas ou de vestuário, colares, pulseiras e outros artesanatos, então essa pessoa tem um dom que a destaca dos demais seres humanos, chamado talento artístico, também conhecido como vocação, por ser uma característica peculiar inata (genética), que não se aprende na escola. Por isso, essa pessoa é reconhecida como ARTISTA.
Este é um conceito válido para as civilizações ocidentais contemporâneas. Em outras civilizações, arrancar o clitóris das meninas ou sacrificar uma criança num altar era arte, assim como na Espanha, torturar um boi num picadeiro até a morte, também é. Mas pra nós brasileiros de hoje em dia, nada disso é arte, pois não é bonito nem agradável aos nossos sentimentos.
O artista é um cara cuja sensibilidade da criação agrada a sensibilidade das outras pessoas, seja pela visão, pelo tato, pela audição ou pela emoção. Por isso, é merecedor dos aplausos, que Cícero chamava de "honos alit artes" (a honra devida aos artistas).
Mas se o sujeito não sabe fazer nada disso, o simples fato de se deitar peladão no chão para que outros o futuquem, não é o bastante para que seja confundido com um artista. Afinal, qualquer um faz isso, até mesmo um animalzinho. Por isso, não é arte.
* Malcyn Dukya é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, pesquisador autodidata em Nutrologia e Nutrição Esportiva, História e Sociologia, Meio-Maratonista, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, M∴M∴.
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