Termos como "Ditadura Militar", "Ditadura do Proletariado ou de Esquerda", Governo Progressista, etc, são conceitos muito abstratos na Ciência Política Atual.
Portanto, o entendimento de cada termo é repassado de acordo com as próprias conveniências do interlocutor. Inclusive, a própria imprensa, tendenciosamente, faz uso desses conceitos de forma muito diferente, de acordo com o que interessa ao seu público.
Entretanto, a rigor, no Brasil NUNCA houve uma Ditadura Militar, conforme se prega hoje, sobretudo porque os governos militares de 1964 a 1985 foram legitimados pelo voto do Congresso Nacional, assim como acontece nos Estados Unidos (voto indireto).
Por outro lado, também não tivemos a partir de 2002, NENHUM governo socialista, progressista ou de esquerda, tampouco trabalhista, como se autodenominam, uma vez que os governantes foram eleitos à custa de financiamento e doações de empresas privadas e por meio de poderosas campanhas de marketing. Isso é incompatível com qualquer teoria marxista, esquerdista ou socialista e isso faz com que esses governantes, por óbvio, desenvolvam políticas a serviço do Capital que os elegeu, conforme ficou demonstrado na própria ação governamental, bem como se comprova pelo corolário de atos de corrupção, inclusive usando empresas para isso.
Assim, só nos resta comparar períodos de governo, sem qualquer clichê de pseudo socialismo ou suposta ditadura.
Mas é possível fazer algumas considerações, que via de regra são omitidas pela imprensa. Vejamos:
Nos anos 70 e início dos anos 80 o Brasil crescia entre 7 e 10% ao ano. Isso, sim, tira pessoas da pobreza, pois cria empregos e desenvolvimento social e econômico e gera riqueza para a população.
Nesse período construiu-se cerca de 80% da malha rodoviária do país e cerca de 65% das usinas hidrelétricas existentes, a construção civil chegou a crescer 16% ao ano, a indústria automobilística se multiplicou por 5, sem falar nos serviços públicos que passaram a ser o orgulho de todo brasileiro. Estudar em uma escola estadual ou federal, por exemplo, era o sonho de qualquer brasileiro e não se via filas em hospitais.
Por sua vez, nos últimos anos o Brasil tem crescido entre 0% (Zero) e 2%. Não se constrói usinas hidrelétricas nem estradas. Os serviços públicos se acabam e a indústria está estagnada.
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Ao longo período dos governos militares, alega-se que houve 358 vítimas de assassinatos atribuídos à "ditadura", entre presos políticos mortos e desaparecidos. Sem querer justificar e sem juízo de valor da ordem legal vigente na ocasião, há que se considerar que essas pessoas militavam em posição hostil à ordem institucional estabelecida, Portanto, estavam ali para o embate ou para o combate. Não morreram passivamente em casa, tampouco foram vítimas inocentes de circunstâncias sociais degradantes.
No entanto, hoje em dia, nos atuais governos que tanto pregam a defesa dos direitos humanos e direitos civis, morrem cerca 140 pessoas POR DIA nas ruas, seja por bala perdida, seja pela polícia, seja pela delinquência ou até mesmo pela fome, sem nenhum direito a defesa.
Então, quem é mais perverso?
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